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TEMPO, PROPÓSITO E ATITUDE

por Sônia Alves

 

“Eu não tenho tempo”. Quantas vezes já ouvimos ou dissemos esta frase? Trata-se de uma mentira, pois todas as pessoas vivas têm tempo. Afinal, o tempo é elemento intrínseco ao conceito da palavra “vida”. Salomão afirmou que o tempo pertence a todos (Eclesiastes 9.11). Quando falamos em recursos, geralmente pensamos em dinheiro, mas o tempo também é um recurso fundamental para qualquer realização. Algumas coisas podem ser feitas sem dinheiro, mas nada pode ser feito sem tempo. O tempo é uma riqueza que muitos só valorizam quando se sentem próximos da morte. Precisamos valorizá-lo com urgência, antes que se acabe (Eclesiastes 12.1-7).
O tempo, como todo recurso precioso, deve ser administrado. Temos um mau exemplo de administração do tempo em Provérbios 6.9: “Um pouco para dormir, um pouco para cochilar, um pouco para cruzar os braços em repouso”. É assim que o preguiçoso divide suas horas.
Para administrar bem o tempo, precisamos estabelecer prioridades (Eclesiastes 2.3) e, para isso, precisamos ter em  mente um propósito a ser realizado. Tempo e propósito são inseparáveis. O tempo existe para o propósito (Apocalipse 2.21). Salomão escreveu: “Há um tempo determinado para todo propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3.1). Tempo sem propósito é inútil, enquanto o propósito sem tempo torna-se inexequível, mero sonho talvez.
Todos têm tempo, mas muitos o perdem por falta de alvos. Para aproveitar bem a vida, você precisa definir aonde quer chegar. Esta reflexão pode ser usada para qualquer objetivo útil e bom, mas nossa principal preocupação deve ser em relação ao propósito de Deus para nós. Refiro-me à participação de cada cristão na igreja, no ministério e na obra social. Podemos descobrir este propósito examinando o desejo do nosso coração (1 Timóteo 3.1), percebendo as necessidades à nossa volta e, principalmente, pelos dons e condições que o Senhor nos deu. Se ele colocou determinada ferramenta em nossas mãos, isto já indica o tipo de trabalho que devemos realizar. Propósitos não realizados e chamados ministeriais não atendidos tornam-se incômodos para o homem.
Um dos aspectos da tentação no deserto foi o oferecimento de propósitos alternativos: os reinos do mundo (Mateus 4). Nós também enfrentamos tentações desse tipo. Satanás nos oferece o mundo em troca das nossas almas.
Precisamos ter propósitos importantes na vida. Não nascemos apenas para comer, beber, dormir, reproduzir, trabalhar e pagar as contas. Se for só isso, ficamos em desvantagem em relação aos animais, pois eles não têm contas a pagar.
Precisamos ter um propósito ou alguns propósitos, mas se eles forem muito numerosos, podemos perdê-los todos, como um malabarista que deixa cair todas as peças.
O propósito é um alvo, como aquela estaca que o lavrador coloca no fim do seu campo, na qual fixa o seu olhar enquanto dirige o arado. Da mesma forma, devemos colocar nossa atenção, nossos recursos e esforços no propósito que temos. Quem desvia o olhar para outros alvos, torna tortuoso o sulco aberto no solo. Por isso, Jesus disse: “Aquele que põe a mão no arado e olha para trás não é apto para o reino de Deus” (Lucas.9.61).
A vida de Jesus se divide entre antes e depois dos 30 anos, não por causa da idade em si, mas em função das atitudes que ele tomou. Depois disso, suas realizações foram numerosas e maravilhosas.
Os discípulos de Cristo também precisaram tomar algumas atitudes diante do chamado que receberam. Em (Mateus 4:22) temos o exemplo de Tiago e João, que deixaram o barco, as redes e o próprio pai, para seguirem o Mestre. Alguns propósitos exigem renúncia.
Chega um momento nas nossas vidas em que também precisamos tomar algumas atitudes, talvez até radicais, mas sempre na direção de um bom propósito que seja coerente com a palavra de Deus. Tais providências são necessárias, embora possam também ser difíceis para nós e desagradáveis para outras pessoas.
Muitas pessoas têm planos e objetivos guardados e dizem: “Um dia, eu ainda farei isto ou aquilo”. Pode ser o plano de ler a bíblia, fazer um jejum significativo, batizar, pedir perdão a alguém e buscar uma reconciliação. Temos a tendência de fazer rapidamente o que deveríamos esperar, enquanto adiamos o que já devia ter sido feito (Hebreus 12.4-5).
Que os nossos resultados não sejam apenas materiais e egoístas, pois de nada adiantará chegarmos diante de Deus dizendo: “Senhor, eu fui o melhor profissional da minha área”; “Senhor, eu tive um carro zero”; “Eu conseguir adquirir a casa própria”.
Desejamos tantas coisas na vida e queremos que Deus nos ajude a alcançá-las, mas o que ele espera de nós são, antes de tudo, frutos espirituais, principalmente as demonstrações concretas de amor ao próximo, auxílio aos necessitados e a pregação do evangelho. Aproveitando bem o tempo, com bons propósito e atitudes corretas, seremos abundantes na produção de tudo aquilo que agrada a Deus e engrandece o seu nome.

 

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