Home Falando com Deus QUE TIPO DE SEMENTE ,ESTAMOS PLANTANDO!!!!

QUE TIPO DE SEMENTE ,ESTAMOS PLANTANDO!!!!

por Sônia Alves
Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. Gálatas 6:7

 

Quando nós lemos o texto de Gálatas 6:7, também analisamos dentro de uma perspectiva do senso comum. O que estamos plantando? Como o terreno recebe essa semente? Que terreno é esse? Qual a qualidade dessa semente? A lei da semeadura é revelada pelo apóstolo Paulo, mostrando que um “nascido de novo”, seguidor autêntico e legítimo de Cristo Jesus, através da obra iluminadora do Espírito Santo, não pode e nem deve deliberadamente “semear” na carne e ao mesmo tempo “andar” no Espírito. “Quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna” (v. 8).

O contexto de Gálatas 6 está nos remetendo a ideia de que os cristãos devem se importar com o outro para lhe fazer o bem. Isto é semear para a vida eterna. O contrário é semear corrupção. Precisamos ter muito cuidado, equilíbrio e vigilância para não plantarmos qualquer semente, pois o fruto pode ser de péssima qualidade e nos trazer grandes transtornos. Precisamos ter em mente que hoje colhemos o fruto da semente plantada ontem, e estamos semeando o que iremos colher amanhã. Precisamos observar, olhar para dentro de nós e termos capacidade de fazermos essa autocrítica. “O autocontrole é, antes de tudo, o controle da mente. O que semeamos na mente, colhemos em nossas ações” (Jonh stott). Vivemos um estilo de vida onde a plantação é a tona das nossas ações. É natural passarmos pela vida sem nos preocuparmos com o tipo de semente que plantamos, o que é antinatural.

Moisés, instruindo o povo israelita a respeito disto, afirmou: “E, se não fizerdes assim, eis que pecaste contra o Senhor; porém o vosso pecado vos achará” (Dt 32:23). Fique tranquilo que o pecado tem um encontro marcado com você. Entenda que a semente da desobediência é rebeldia contra Deus e com certeza não escaparemos às suas consequências. Quando o apóstolo Paulo instruiu aos gálatas a não errar, ele estava conscientizando-os à uma verdade: “De Deus não se escarnece”, pois o que se planta, isso se colherá. Essa lei é também aplicada na vida de todo ser humano através das ações e palavras. É normal ouvirmos pessoas culpando Deus pelas circunstâncias adversas que enfrentam. Só reclamam, ao invés de olhar para dentro de si e lembrar-se do que cometeu.

O profeta Jeremias indignado com a destruição de Jerusalém e a murmuração de seu povo, exortou-os: “De que se queixa vocês? Queixem-se de seus próprios pecados”. Não devemos lançar a culpa em Deus pelas consequências dos nossos pecados. Palavras, ações que hoje, como sementes, plantamos, são os frutos que amanhã iremos degustar. Refletir antes de nossas decisões é uma boa direção que todos nós devemos tomar para evitar frutos anômalos colhidos no futuro.

A bíblia nos apresenta inúmeros exemplos de personagens que não refletiram em suas atitudes e amargaram uma colheita com consequências dolorosas. Podemos citar o caso de Sansão que foi escolhido por Deus para ser um nazireu (separado de forma exclusiva para o serviço sagrado, não podendo beber vinho e não cortar seu cabelo). Porém, os pecados de sua juventude lhes fez cair nas mãos dos filisteus. Outro exemplo que deve ser lembrado é o de nossos primeiros pais, Adão e Eva. Plantaram a semente da desobediência e como consequência perderam o paraíso e complicaram toda a raça humana.

A semente que estamos plantando tem sido nociva do ponto de vista de que a lavoura de Deus precisa para produzir a fim de apresentar a glória de Deus aos homens. Certa ocasião, o Senhor Jesus afirmou à sociedade judaica que se “o sal ficar insípido, só prestará para ser pisado pelos homens”. Por acaso, há alguma dificuldade para interpretar essa verdade? Segundo pesquisas, os jovens de hoje entre 18 a 24 anos de idade são os mais irreligiosos da história, enquanto que os idosos se desestimulam a frequentar os templos religiosos por não terem a reverberação de sua fé nas liturgias. Alguém que “vive” às custas das “sementes” por acaso está preocupado com essa realidade?

Se nada for feito, inexoravelmente nossa geração destruirá a Igreja, o Evangelho, a fé e a crença no Deus vivo. A questão é: Quem se preocupa com isso? Quem está disposto a fazer algo? Nos tornamos um sociedade líquida nos valores, cristalizada nos conceitos, periférica no pensar e superficial no aprender. Paulo, o apóstolo, mostra com clareza a situação do homem escravizado em seus conceitos quando afirma: “Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo dessa morte?” (Rm 7:24). “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço” (Rm 7:19).

É obvio que Cristo nos liberta, dando-nos um novo norte para prosseguir. Nós é que temos procrastinado o seu chamado e desrespeitado os seus ensinamentos. Minha ideia é que, se falta a verdadeira pedagogia no altar, que é o ensino da Palavra de Deus, a verdadeira pregação do Evangelho, o povo se desperte para reivindicar, exigir, e caso isso não aconteça, que esteja livre para salvar sua vida, “escapando sem olhar à atrás”, como ocorreu com Ló, empurrado pelo Anjo do Senhor.

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