Palmeiras precisa quebrar tabu para avançar à sua 7ª final de Libertadores

Arthur Pessoa, especial para a FPF*

O Palmeiras enfrenta o Boca Juniors-ARG pelo primeiro jogo da semifinal da Libertadores, na La Bombonera, em Buenos Aires, na noite desta quinta-feira, às 21h30. Para alcançar a sua sétima final de sua história, o clube paulista precisa quebrar o tabu de nunca ter eliminado os argentinos no mata-mata da competição.

Campanha e histórico
Os comandados de Abel Ferreira têm a melhor campanha da competição, com sete vitórias, dois empates e apenas uma derrota em dez jogos. O rival Boca Juniors tem quatro vitórias, cinco empates e também apenas uma derrota.

Se analisar o lado histórico, o número bruto mostra que o confronto entre os dois clubes é muito parelho, com duas vitórias de cada lado e seis empates. O Palmeiras marcou 18 gols contra 14 do Boca Juniors, e também é detentor do maior placar entre os dois, um sonoro 6 a 1 pela fase de grupos de 1994.

Apesar do equilíbrio no duelo, a eventual classificação do Palmeiras para a finalíssima dependerá de uma quebra de tabu, pois em toda a história da Libertadores, o Alviverde nunca eliminou o Boca Juniors no mata-mata. Ao todo, os dois times já se enfrentaram três vezes, sendo duas nas semifinais e uma vez na final.

O primeiro confronto de mata-mata entre os dois foi justamente em uma final, na edição de 2000. Palmeiras e Boca empataram os dois jogos, o primeiro, na Argentina, por 2 a 2, e o segundo, no Morumbi, por 0 a 0. Nas penalidades o time argentino venceu por 4 a 2, e impediu o bicampeonato palmeirense.

No ano seguinte, os dois voltaram a se enfrentar, dessa vez na semifinal e novamente empataram os dois jogos, ambos terminando em 2 a 2, e o clube argentino eliminou o alviverde por 3 a 2 nas penalidades, avançando assim para a final e posteriormente sendo campeão contra o Cruz Azul, do México.

O último confronto entre eles aconteceu em 2018, também pela semifinal. No primeiro confronto, em La Bombonera, o jogo estava empatado até os instantes finais, até que Benedetto fez dois gols e garantiu a vitória dos Xeneize (apelido do time argentino) por 2 a 0. Na volta, um empate por 2 a 2 sacramentou a classificação rival.

O clube argentino é visto como o maior “bicho-papão” de brasileiros na Libertadores, tendo eliminado 17 das 23 vezes que enfrentou equipes do nosso país na competição. Além disso, a casa do Boca Juniors é outro fator que jogo muito a favor do time, pois na história da competição perdeu em casa apenas seis vezes em 31 jogos contra clubes do Brasil.

Do outro lado, o Palmeiras vem sendo um dos melhores clubes nas últimas Libertadores. De 2018 para cá, o Verdão chegou em cinco semifinais em seis edições, sendo campeão em duas (2020 e 2021). Se o fator casa impressiona pelo lado do Boca Juniors, o fator visitante dá esperança ao torcedor palmeirense, pois o alviverde paulista perdeu apenas duas partidas nas últimas 28 disputadas fora de casa nas últimas quatro edições do torneio.

*Sob supervisão de Luiz Minici