Mesmo com o futebol sendo um dos esportes mais populares e que movimenta milhões de dólares no mundo, alguns jogadores e ex-jogadores não se acomodaram com os salários astronômicos que receberam ou ainda recebem, e colocaram a “cabeça” nos estudos.
Então listamos para vocês alguns jogadores e ex-jogadores que investiram em conhecimento, confira:
Danilo Fernandes – O goleiro do Internacional/RS, se formou em Administração em 2011, quando jogava pelo Corinthians. Conta o atleta, que entrou na faculdade em 2008, quando ainda tinha 17 anos, após um primo ter começado também e ele não estar tão animado com a carreira de goleiro. Nesse tempo ele ainda conseguia conciliar treinos e as aulas da faculdade. Mas no último semestre (2011), com a lesão do então goleiro Júlio Cesar, titular do Corinthians na época, Danilo, ganhou oportunidade com o técnico Tite, quando era apenas o 3º goleiro. Assim, não conseguiu mais conciliar o trabalho com os estudos, ficando de recuperação em três matérias. Mas afirmou o goleiro colorado, que em poucos meses resolveu sua vida na faculdade e conseguiu enfim se formar em Administração pela Faculdade Uninove em São Paulo.
Paulo André – Com passagem marcante pelo Corinthians e atualmente no Atlético Paranaense, o zagueiro de 34 anos ficou conhecido por ser um dos jogadores mais cultos do futebol brasileiro. Apelidado de “zica das artes” por ter talento para pintar quadros, Paulo André é formado em Educação Física e cursa pós-graduação em Administração do Esporte.
Chiellini – O zagueiro de 34 anos, titular da Juventus e da seleção italiana, é graduado em Economia e Comércio desde 2010 pela Universidade de Turim. Na época em que realizou o curso, ele já defendia as cores da Velha Senhora, e conseguiu conciliar muito bem ambas as atividades. Tanto é que ele se formou com uma nota final de 109 (a máxima era 110). Em 2015, ele decidiu voltar para a mesma universidade para expandir seu conhecimento teórico, e escolheu fazer mestrado em Administração de Empresas. Agora, além de um grande zagueiro, Chiellini é também mestre. Só que, desta vez, ele recebeu a nota máxima por ter defendido sua tese de mestrado.
Victor – Victor Leandro Bagy, 35 anos, ídolo do Atlético Mineiro, ele atingiu o ponto máximo da carreira ao ser chamado por Felipão para a Copa do Mundo no Brasil, após campanha brilhante na conquista da Libertadores em 2013 pelo Galo. O goleiro foi aluno da Escola Superior de Educação Física de Jundiaí, no interior de São Paulo, no período de 2001 a 2006. Enquanto treinava durante o dia, ele estudava à noite e fez o trabalho de conclusão do curso em meio às concentrações para jogos.
Mkhitaryan – Nascido em 21 de janeiro de 1989, na Armênia, foi um aluno acima da média desde a infância, além de bom de bola. Não à toa, ele cursou duas universidades e possui diplomas em cursos completamente distintos. O primeiro diploma foi o de educação física, no Instituto de Cultura Física da Armênia. Depois, Henrikh Mkhitaryan ainda se formou em economia no prestigioso Instituto São Petersburgo de Relações Internacionais, Economia e Direito. Futuramente, depois que pendurar as chuteiras, o meio-campo do Manchester United, disse que quer fazer ainda um terceiro curso: direito.
Cesar Sampaio – É ex-jogador de futebol, acostumado a conquistar títulos, encerrou sua carreira nos gramados em 2004, quando defendia a equipe do São Paulo F.C. Em 2005, concluiu Gestão do Esporte e, um ano mais tarde, também o curso de Administração em Gestão Esportiva na Universidade São Marcos. Desde então, assumiu a gestão de vários clubes como Esporte Clube Pelotas, o Rio Claro e, mais recentemente, tornou-se gerente de futebol do Palmeiras. Após a saída do alvi-verde, tornou-se superintendente de futebol do Joinville, e em 2016-2017 foi gerente de futebol do Fortaleza.
Juan Mata – O meia do Manchester United, de 30 anos, não conseguiu conciliar a faculdade presencial com o futebol. Mas o atleta conseguiu realizar dois cursos a distância pela Universidade Camilo Jose Cela, de Madrid. Os diplomas do espanhol são de Marketing e Ciências do Esporte.
Tostão – Como meia ou centroavante, Tostão brilhou nos gramados do Brasil durante a década de 60 e começo dos anos 70. Infelizmente, aquele craque com visão de jogo inigualável, teve sua carreira abreviada – ironicamente – por um problema no olho esquerdo. Em uma partida contra o Corinthians, em 1969, o craque foi atingido por um potente chute do zagueiro Ditão, o que acabou por comprometer sua retina.
Com apenas 27 anos, Tostão não podia mais jogar futebol, sob o risco de ficar cego. Mas a genialidade de Edu – como era chamado quando criança – garantiria um futuro de sucesso a ele. Dois anos depois de se retirar do futebol, Tostão foi aprovado no curso de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), se especializando, já em 1981, em clínica geral. Seriam dias de calmaria mineira para aquele Tostão que virou Dr. Eduardo.