Técnico bauruense acostumado a treinar equipes estaduais de primeira divisão, além de Séries C e B do Brasileirão, retornou a Terceirona por um motivo, o de voltar a trabalhar no Esporte Clube Noroeste
Querido pela torcida e altamente identificado com o Noroeste, o técnico Luiz Carlos Martins é o “camisa 10” de um elenco qualificado que foi formado para Série A3 do Paulistão 2020. Esta é a terceira passagem dele pelo Alvirrubro, o qual treinou em 1995, 1998 e 2008. Martins está de volta também a Série A3, divisão a qual treinou pela última vez há cerca de 15 anos. E ele topou o desafio para voltar a vestir a camisa e treinar seu time do coração.
Acostumado a treinar equipes que disputam o Paulistão e times que brigam por acesso da Série A2, além das Séries B e C do Campeonato Brasileiro, Martins trabalhou em elite dos estaduais do Nordeste e Rio Grande do Sul. Ao todo, conquistou 17 acessos, segundo seus cálculos, a maioria deles coroados com títulos, como o de 1995, com o próprio Noroeste (A3).
“Volto com muito prazer à divisão. Vai ser uma Série A3 muito difícil, muito competitiva. Com times de tradição, de camisa. E a caminhada não vai ser fácil. Nosso objetivo, nosso foco é em um adversário de cada vez. Pensando na classificação entre os oito. E se tivermos entre os oito, depois, vamos buscando ficar entre os quatro. Sempre com muito respeito por cada degrau e cada equipe adversária. Pautamos nosso trabalho por etapas e vamos seguir assim”, disse o treinador, por meio da assessoria de imprensa noroestina.
Martins não esconde o carinho pessoal que sente pelo clube. “Sempre tenho muito carinho por todas as equipes que trabalho. Mas o Noroeste é diferente. É o meu time, da minha cidade. Cresci aqui, joguei aqui e vamos dar o nosso melhor para representar essa camisa”, destaca o treinador.
CARREIRA
Martins começou a carreira no futebol sendo revelado na base do Noroeste. Na sequência, foi para o time júnior do Vasco e voltou para ser profissionalizado no Norusca. Como volante, jogou ainda no Matsubara e Guaçuano, entre outros times. Martins parou de jogar aos 29 anos.
Depois, ele iniciou sua trajetória de treinador, aos 30, no Guaçuano, onde pendurou as chuteiras depois de três temporadas como capitão do time. Naquela sua primeira experiência, assumindo o clube na reta final da competição, ele livrou o Guaçuano do rebaixamento. Na segunda temporada como treinador, conquistou acesso com Rio Branco-MG, na divisão de acesso do Mineirão. Depois disso, veio sucesso com vários acessos.
Em três décadas de carreira, a lista de times comandados por Martins é grande. Além de São Caetano e Portuguesa, duas vezes cada, e Noroeste (chegando para sua terceira passagem), foi técnico também do Ituano, Mirassol (duas vezes), Santo André, São Bernardo, Oeste (quatro vezes), Comercial, Marília, Paulista, Matonense, Bahia, Fortaleza (duas vezes), América-RN, Juventude, Vila Nova-GO e Remo, entre outros.
A única vez que atuou como auxiliar técnico foi no Corinthians, para atender pedido e trabalhar com o amigo Oswaldo Alvarez, o Vadão, em 2000.
No São Caetano, antes da última passagem de quatro anos (2014-2018), Martins montou, em 1999, a famosa equipe que conquistou o carinho do País, disputando a Copa João Havelange (2000) e fazendo a final nacional contra o Vasco.