Natalia Baksheeva era enfermeira na academia da força aérea de Krasnodar. Ela e o marido, Dimitri Baksheev, ocasionalmente viviam em alojamentos na base. Um apartamento num bloco de prédios semiabandonado dentro do complexo militar era usado pelo casal como uma segunda residência.
Em setembro de 2017, pedaços desmembrados de uma garota foram encontrados na academia, dentro de um balde e de uma mochila pertencente a Dimitri. No celular dele, a polícia achou uma selfie em que ele mordia uma mão decepada, com um dos dedos enfiados em seu nariz.
A investigação seguiu no apartamento dele, onde foram encontrados pedaços de corpos no porão, membros mutilados conservados em vinagre na geladeira, latas com carne humana cozida e 19 fatias de pele. A cozinha parecia um açougue. Posteriormente, os pedaços foram identificados como pertencentes a pelo menos oito vítimas diferentes.
A quantidade esmagadora de evidências fez Natalia confessar. Segundo ela, a última vítima havia sido a garçonete Elena Vashrusheva, de 35 anos. Eles a levaram para casa e, antes de entorpecê-la, encenaram uma crise de ciúme que fez com que Natalia agredisse a vítima primeiro.
No interrogatório, ela revelou que eles procuravam alguma vítima em sites e apps de relacionamento, convidavam-na para um papo, levavam-na para o apê e já a executavam no primeiro encontro. Outra opção era conhecer gente na vizinhança, criar uma amizade e terminar sempre da mesma forma.
Enquanto conversavam com a futura “refeição”, Natalia e Dimitri ofereciam a ela vodca com Covalol, um poderoso tranquilizante. Em seguida, rolava o teatro: se a vítima era mulher, Natalia fingia ciúme e batia nela. Para jurar fidelidade, Dimitri a esfaqueava. Se o convidado fosse um homem, os papéis eram trocados.
Natalia também revelou que, para aumentar a renda, passou a vender refeições a comércios locais e cadetes da academia. Mas elas eram feitas de matéria-prima humana! Seu maior sucesso era uma torta de carne moída. Os malucos até gravaram vídeos, encontrados em seu computador, ensinando a preparar suas iguarias canibais.
No local, a polícia também descobriu bolsas com pertences das vítimas e fotografias em que os serial killers posavam com pedaços dos corpos. A que mais chamou a atenção foi a de uma cabeça em meio a laranjas, com um registro no verso: Natal de 1999. Essa evidência corrobora a data de início dos crimes confessada pelo casal.
Sergei Labinstev, um comerciante que conhecia o casal há dez anos, foi o único que chegou a sobreviver a um ataque, seis semanas antes. Os três estavam na casa de Labinstev quando Dimitri, “enciumado”, o atacou com um banco de bar. O comerciante conseguiu chamar um táxi e expulsá-los da residência.
Os crimes estão sob intensa investigação e novas informações estão sempre surgindo. Em outubro, Natalia voltou atrás em partes da confissão, mas não negou ter matado Elena. Em novembro, apareceu um terceiro suspeito, Roman Sidorov. Esse amigo de Dimitri era supostamente usado como “isca” nos sites e apps.
QUE FIM LEVOU? O casal está em cadeias separadas (para sua própria proteção, Dimitri vive confinado na solitária). O caso está em andamento e ainda não foi julgado
FONTES Sites RT, Daily Mail, Independent, Mirror, Washington Post, USA Today, The Sun, BBC e New York Post
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