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NADA NOS FALTARÁ

por Sônia Alves

“O Senhor é o meu pastor”. Davi sabia que Deus, sendo o seu pastor, cuidaria dele. Observe que o salmista utiliza em todo o salmo as conjugações verbais da primeira pessoa do singular. O texto está falando de uma experiência pessoal e intransferível que cada pessoa deve ter com Deus.

“O Senhor é o meu pastor; nada me faltará”. Não significa que Deus nos dará tudo o que queremos, mas nos dará tudo o que precisamos. Mas isso só acontecerá se o Senhor for realmente o nosso pastor, ou seja, se ele estiver conduzindo as nossas vidas. Se fizermos somente a nossa própria vontade, escolhendo os caminhos que agradam ao nosso coração, mesmo sendo em direções pecaminosas, então o Senhor não é o nosso pastor. Mas se estamos vivendo de acordo com a sua vontade para nós, então estamos seguindo o Senhor como suas ovelhas. Portanto, tudo começa com compromisso e obediência. Esta é a essência do versículo 1. Se estou comprometido como ovelha, para obedecer e seguir ao Senhor, então ele está comprometido comigo para cuidar de mim e me dar tudo o que for preciso.

Podemos orar livremente, pedindo qualquer coisa que não seja pecaminosa. Contudo, mesmo assim, pelos motivos soberanos de Deus, podemos receber um “não” como resposta. Então, paramos de pedir tal coisa, por mais legítima que nos pareça (2 Cor. 12.8-9).

“Nada nos faltará”. Realmente, nada nos tem faltado. O que precisamos o Senhor nos tem dado. Se alguns desejos legítimos não foram ainda atendidos, sabemos que para tudo Deus tem um tempo certo. Nada nos faltará no momento em que o suprimento se fizer necessário e oportuno.

Algumas vezes Deus nos dá muito mais do que aquilo que precisamos. Então passamos a ter em abundância. O nosso cálice se enche a ponto de transbordar. (Salmos  23,5)Então podemos ter a alegria de compartilhar com o nosso próximo, não deixando que o seu cálice fique vazio.

A partir do versículo 2 do Salmo 23, o autor mostra o que acontece na vida do servo de Deus. Temos aí muitos pontos positivos, como verificamos nos versos 2, 3, 5 e 6: repouso, descanso, segurança (deitar-me faz…), pastos verdejantes (bom alimento), águas tranqüilas, refrigério para a alma, direção (guia-me); justiça; amor; mesa; óleo (unção); bondade e misericórdia. Essas palavras nos mostram que Deus está atento para suprir as necessidades fundamentais do ser humano, abrangendo questões físicas, psicológicas e espirituais. Só não temos aqui artigos que atendam à cobiça e à soberba. Ele não vai nos deixar sedentos, famintos, perdidos e abandonados.

Por outro lado, o texto contém também pontos negativos: O vale da sombra da morte no verso 4 e os inimigos no verso 5. A vara (v. 4), enquanto instrumento de disciplina, pode também ser aparentemente negativa, embora seu objetivo seja positivo.

“O Senhor é o meu pastor; nada me faltará”. Não nos faltarão bênçãos. Não nos faltarão lutas nem adversários, mas tudo isso cooperará para o nosso bem, pois a bondade e a misericórdia do Senhor sempre nos acompanharão.

 

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