Ao dizer “Eu sou a luz do mundo”, Jesus estava fazendo uma clara afirmação de sua divindade. Isso significa que a declaração “Eu sou a luz do mundo” reivindica a autoridade de Cristo e aponta diretamente para a verdade de que Ele é o único capaz de romper as trevas do pecado e dar a luz da vida ao pecador (João 8:12).
Essa declaração foi feita por Jesus na ocasião em que Ele falava ao povo no Templo (João 8:12-59). Mas não é possível determinar com exatidão se Jesus disse essas palavras logo na sequência imediata à história da mulher adultera (João 8:1-11). O escritor bíblico simplesmente informa que uma vez mais Jesus falava ao povo.
Também é interessante saber que a frase “Eu sou a luz do mundo” consiste no segundo “Eu sou” da série de sete grandes declarações em que Jesus diz “Eu sou” do Evangelho de João. Ele disse: “Eu sou o pão da vida“ (João 6:35,51); “Eu sou a luz do mundo” (João 8:12; cf. João 9:5); “E sou a porta das ovelhas” (João 10:7,9); “Eu sou o bom pastor” (João 10:11,14); “Eu sou a ressurreição e a vida” (João 11:25-26); “Eu sou o caminho ,a verdade e a vida“ (João 14:6,7); “Eu sou a videira verdadeira“ (João 15:1,5).
Assim como as demais declarações, “Eu sou a luz do mundo” é uma afirmação metafórica que tem por objetivo descrever a grandeza do Filho de Deus. Antes dessa passagem, o apóstolo já havia usado a figura da luz para se referir ao Messias. Ele escreve: “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (João 1:4,5).
Eu sou a luz do mundo
A figura da luz aparece na Bíblia muitas vezes em diferentes contextos. Algumas dessas vezes há uma importância simbólica muito grande. Por exemplo: quando o povo de Israel peregrinava pelo deserto, havia uma coluna de fogo que iluminava e guiava os israelitas (Êxodo 13:21). Durante a Festa dos Tabernáculos, os judeus se lembravam da coluna de fogo que os guiou pelo deserto até Canaã.
Também, quando o serviço religioso foi oficializado e regulamentado em Israel, dentro do Santo Lugar no Tabernáculo havia um candeeiro de ouro puro com sete lâmpadas de permaneciam acessas continuamente (Levítico 24:1-9).
Todos esses símbolos apontavam para Cristo. A luz das lâmpadas do candeeiro de ouro, bem como a luz da coluna de fogo, prefiguravam a luz do mundo que é Jesus. Jesus é a verdadeira luz que ilumina as nações, conforme foi anunciado pelos profetas (cf. Lucas 2:32). Então a declaração “Eu sou a luz do mundo” está completamente fundamentada nas Escrituras.
A luz é um designativo para Deus frequente nos textos bíblicos (cf. Salmos 27:1; 119:105; Provérbios 6:23; Ezequiel 1:4,13,26-28; Habacuque 3:4). O próprio Apóstolo João escreve que Deus é luz (1 João 1:5).
Além disso, ao dizer “Eu sou a luz do mundo”, Jesus aplica a si mesmo o nome de Deus revelado a Moises (Êxodo 3:14). Isso significa que ao dizer “Eu sou”, Jesus estava afirmando explicitamente sua divindade (João 8:58). Por isso a frase “Eu sou a luz do mundo” é tão significativa.
W. Hendriksen diz que somente Jesus é a verdadeira luz do mundo porque é apenas por meio dele que os gloriosos atributos de Deus brilham de modo mais resplandecente no meio do mundo. Jesus é a luz que brilha no meio da humanidade pecadora e merecedora do juízo de Deus. Ele é a única luz que de fato pode iluminar aqueles que estão em trevas espirituais. Jesus é a luz que revela a salvação eterna aos pecadores redimidos que são feitos filhos de Deus.
Mais nem todos seguem a Luz do mundo
Logo após dizer “Eu sou a luz do mundo”, o Senhor Jesus completou dizendo: “quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (João 8:12). Essa frase indica que há uma divisão de caminhos opostos entre si; há dois grupos de pessoas. Há aqueles que andam nas trevas, e há aqueles que seguem a luz.
Os que seguem a luz do mundo recebem a garantia de que não andarão nas trevas, mas terão a luz da vida. Jesus é a luz do mundo e segui-lo significa crer n’Ele e reconhecê-lo como Senhor e Salvador; confiar n’Ele de todo coração; ser completamente dependente d’Ele; e guardar e obedecer aos seus mandamentos com amor, prazer e gratidão.
A coluna de fogo no deserto e o candeeiro de ouro no Tabernáculo apenas proviam iluminação exterior; com caráter temporário, a luz da coluna de fogo e das lâmpadas do candeeiro de ouro apenas prefigurava uma realidade superior e permanente.
Jesus Cristo é a luz do mundo que nunca se apaga; e mais ainda, Ele promete que aqueles que o seguem “terão a luz da vida”. W. Hendriksen diz que Cristo, como nossa luz e o objeto de nossa fé, torna-se nossa possessão interior. Os verdadeiros seguidores de Cristo podem dizer que possuem a luz do mundo, e a possuem para sempre (cf. João 4:14). Por sua união com Cristo, o crente reflete a luz de Deus (Mateus 5:14).
Contudo, de fato nem todos seguem a luz do mundo. Na verdade a maioria rejeita essa luz. Por isso o próprio Jesus diz que muitos são chamados, mais poucos são escolhidos. A humanidade caída em trevas não se apropriou da luz. Na verdade os homens, por natureza, amam as trevas e odeiam a luz do mundo; isso porque a luz de Cristo expõe a miséria das obras pecaminosas do homem caído (João 3:20). Por isso a declaração “Eu sou a luz do mundo” conforta a alguns, mas ofende a outros (João 8:13-20).
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