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A EXCELÊNCIA DO AMOR!!!!

por Sônia Alves

“O amor de Deus está der­ramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5.5).

O amor é a comprovação e o aferidor da espiritualidade; é o solo onde o Espírito Santo produz no cristão a condição de verdadeiro filho de Deus.

O amor não é somente superior aos dons, mas é o elemento legi­timador de seu uso na edificação da igreja. Ele leva ao equilíbrio; é o grande princípio de toda ação; ele supera tudo.

O amor pode ser definido como “a mais profunda expressão pessoal possível”. Nas palavras do Divino Mestre, é uma atitude que envolve o coração, a mente e a vontade (Mt 22.35-37). O amor não é um mero sen­timento; é o poder de Deus que atua na personalidade inteira do homem.

      A EXCELÊNCIA DO AMOR

 Paulo termina o ca­pítulo 12 de sua primeira epístola aos coríntios com as seguintes palavras: “E eu vos mostrarei um caminho ain­da mais excelente” (1 Co 12.31b). Nas palavras do apóstolo, o exercício dos dons espirituais é algo exce­lente, mas existe algo “sobremodo” excelente. No texto de 1 Co 13.1-3, o autor afirma que sem amor nada teria valor.

A omissão ao amor anula tudo; nenhuma prática legalista pode substituir seu exercício. A Bíblia é a base de sua excelência.

O amor deve conduzir os passos de toda igreja e de todo homem, pois prepara o coração de todos no senti­do de evitar partidarismos, exclusivismos e excessos na prática da Palavra de Deus.

O cristão se desenvolve e cresce espiritualmente quando se põe atento ao processo de transformação em que o Espírito Santo o colocou. Ele está sendo transformado a fim de alcançar a estatura de varão perfei­to, e isto tem tudo a ver com o amor derramado em nossos corações pelo Espírito Santo.

No jardim do Éden, o homem pecou, comprometendo a imagem de Deus recebida na criação; porém, quando é salvo e redimido no san­gue de Jesus, o Espírito Santo lhe ensina que a bandeira maior do Se­nhor sobre seus filhos é o amor. Des­ta forma, ele resgata progressiva­mente a natureza de Deus outrora perdida. Devemos duvidar de todo crescimento espiritual que não este­ja relacionado com o amor.

O crescimento é diretamente pro­porcional ao amor.

                        ALCANÇAR O AMOR 

  1. O amor de Deus aos homens .Em João3.16, lemos que Deus amou o mundo; isto é, ele amou a humani­dade como um todo e por ela enviou seu Unigénito ao mundo. Os peca­dos e a infidelidade do homem entristeceram a Deus. Todavia, não impediram o efeito de seu amor pela humanidade. A razão é simples: O amor de Deus é espontâneo; não exige qualquer valor da pessoa amada. Ele poderia ter vivido eternamente sem ter criado o homem, pois é auto -suficiente ; não precisava de nós para existir, mas Ele nos fez por amor e por amor resgatou-nos quando nos achávamos perdidos. Leia também 1 João 4.9,10.

  1. O amor do homem a Deus .Em Mt 22.37, Jesus expõe o modo como Deus deve ser amado: “de todo teu coração, de toda tua alma, de todo teu pensamento”. A adoração do homem a Deus deve ser com todo o seu ser, com toda sua personalida­de. Claro está que isto não significa a mera prática de algum ritual ou de leis cerimoniais, mas é, antes de tudo, o resultado da devoção pesso­al e da operação de Deus no coração humano. O amor a Deus é um su­mário de nossa comunhão e obediência a seus mandamentos (Js 22.5).

  1. O amor do homem a si mes­mo. Em Mt 22.39, Jesus, completan­do sua resposta ao doutor da lei, acrescentou: “e o segundo, seme­lhante a este, é: Amarás o teu próxi­mo como a ti mesmo”. A expressão “como a ti mesmo”, significa que o amor a nós mesmos deve ser a refe­rência para o nosso amor aos nossos semelhantes. Há nisso dois pontos a destacar: primeiro, é preciso cuida­do com o egoísmo e narcisismo co­muns aos homens, amando-se mais do que deveriam; segundo, quem não se ama, como é que poderá amar o seu irmão? Ter auto – estima, gostar de si mesmo, é fundamental ao ser humano; o crente não pode viver a reclamar da vida, como alguém a quem Deus não olhasse, um desvalido. Deus não faz acepção de pes­soas, somos todos amados e abenço­ados na mesma proporção.

  1. O amor ao próximoDeus nos deixou como mandamento que nos amássemos uns aos outros assim como Ele nos amou. Deste mandamento dependem toda lei e os pro­fetas. O nosso amor a Deus mani­festa-se através de nosso amor aos nossos semelhantes. Quando ama­mos ao próximo, estamos amando também ao Criador. O texto de 1 Jo 4.7,11,12,20,21 deixa claro que a relação do homem com o Todo-Poderoso está intimamente ligada às suas atitudes para com os que con­vivem com esse homem na mesma igreja, família, cidade ou país.

Ser indiferente e tratar com des­prezo as necessidades do semelhan­te é também colocar-se à margem de qualquer relação de amor com o Pai, pois dele temos esta advertência: “aquele que não ama a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1 Jo 4.20). Esse amor não deve ser apenas um sentimento abstrato, mas há de comprovar-se através de obras e de fatos, conforme 1 João 3.16,17.

O amor é a virtude principal da vida cristã; é fruto do Espírito San­to. O divino agricultor é quem o cul­tiva no homem, tornando-o cada vez mais parecido com o Divino Mes­tre.

“Somente o amor foi capaz de predispor a Deus a buscar o bem de uma humanidade corrompida, e que só procurava quebrantar -lhe as leis. Aliás, é como podemos definir o amor: é a predisposição de alguém em buscar o bem de seu semelhante. Cabe-nos, pois, dedicar-lhe absolu­ta devoção e fidelidade, para que o seu amor para conosco seja sempre correspondido”.

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